quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ela guarda o patuá, mas esquece de usar.



Suas aflições e duvidas não estão limitadas a um divã e uma conversa sem sentido em um consultório, nem mesmo as conversas de bar estão a ajudando a resolver seus problemas, seus dramas, suas duvidas.
Infeliz ou semi feliz, ela ainda não sabe como se sente, afinal esta cheia de duvidas, duvidas do que sente, duvidas se deve seguir, um novo amor.
Ora ora, novo amor ela é adulta demais pra isso, o amor é antigo, paixão não resolvida o doce que la pegou apenas o recheio e não foi capaz de saboreá-lo por completo.
Uma amiga disse a ela:
-Menina, vai ‘na macumba!
E não é que ela foi macumbeira desde criança, renegou por algum período suas crenças e seus dons, mas não foi capaz de renegar o tal antigo amor.
Numa gira de preto velho ela ajoelhou, pediu com fervor com toda a sua fé, auxilio a sua aflição.
Coitada, de tão louca de paixão, esqueceu-se que ali não é lugar de ter respostas com opiniões referentes à sua vida, esqueceu-se que ali vai receber apontamentos.
Com as palavras da nega ela foi pra casa, refletiu cada uma delas, adormeceu, um sono inquieto, acordou por varias vezes com a cabeça a girar viu a aurora chegar.
Deu as boas vindas ao novo dia, misteriosamente segura, vestiu-se e foi labutar.
Se sua escolha foi à correta, ninguém pode dizer, mas uma coisa é fato, ajuda ela encontrou e seu desejo realizou.
Os amigos continuam os mesmos, os bares e as bebidas também, mas o amor, rapaz o amor já notou o brilho nos olhos dela?
Menina menina, eu avisei a você que o tempo e o silencio são sábios.
Uma pena ela não ter seguido seus instintos primitivos mais cedo, mas tudo tem seu tempo e este é o tempo dela.

Nenhum comentário: