sábado, 26 de março de 2011

Certezas?!


A duvida dela é referente aos seus sentimentos, não sabe se ainda sente paixão ou se é um orgulho ferido ou simplesmente amizade, simplesmente algo tão gostoso de ser sentido, cumplicidade, falar bobeiras sem ter vergonha, mas ao mesmo tempo ela sente vontade de dar e receber carinhos, não aquele abraço de amigo, aquele que ela geralmente da nas pessoas que ama e sem duvidas ela ama poucas pessoas, seu temperamento a deixa seletiva demais para distribuir seu amor.
Um dia passa, ela não espera pelo telefonema dele, mas ele havia prometido que enviaria pelo menos um SMS, pra dizer a hora que poderiam conversar, dia passado, noite passada, ela não cobrou, apenas falou que esperou, mas... Mas, folgada ela, porque ela não ligou ?
Na verdade, ela que falou que ia ligar, mas ele ditou as regras sobre o SMS que era pra ela ligar após recebê-lo.
Nenhum SMS muito menos telefonema, sonequinha em meio à novela, conversa rápida no MSN e nada demais, ela logo adormece e segue para um novo dia.
Neste novo dia ela tem respostas, tem apontamentos para coisas boas para sua vida, vê que sua vida esta realmente prosperando, sente-se bem, quase satisfeita com suas buscas, satisfeita com suas conquistas, um passo de cada vez, não lentamente, mas também nada acelerado demais um por vez, sem passar por cima de nada e ninguém.
Tarefas em seu trabalho mais que realizadas, objetivos já organizados a noite chega, fim de expediente, agora ela não é mais aquela mulher formal, que tem que manter uma postura seria e simpática, ela pode tirar sua mascara e voltar a ser marrenta, simpatia ela guarda para algumas pessoas, para as que realmente merecem, ela costuma dizer que ate mesmo em seu mundo profissional ela segue da mesma forma, mas eu sinceramente duvido, minha certeza é de que ela é uma atriz profissional, veste tantas mascaras que provavelmente nem lembre seu nome.
Uma, duas... Cinco... Sete cervejas, muitas conversas, pessoas conhecidas passando pelo bar, mas o foco dela é a conversa é o desabafo o momento de terapia com sua rainha, com aquela mulher que é dona de sua vida, telefone toca, numero não identificado, um cliente com problemas... Pois é ela ainda esta trabalhando, embora...
Bom, tantas coisas para se pensar, mas a realidade é essa, sexta feita 19:40 ela esta trabalhando, termina de fazer suas “obrigações”, volta para as cervejas e conversa, mas novamente é interrompida, celular toca DDD e numero de telefone que não estão em seus contatos o rapaz responsável pelo atendimento do tal cliente aguarda na linha para falar sobre alguns problemas, ela atende fica vários minutos falando com ele. Porem, nada é resolvido, novamente o celular toca, desta vez o DDD é o mesmo da vez passada, ela atende com simpatia, afinal este DDD corresponde a pessoas de seu interesse e pessoas do interesse dela, são pessoas capazes de lhe proporcionar, estabilidades e seguranças financeiras, ela não diz estabilidade de emprego por não ser hipócrita, mas ela afirma para quem quiser escutar:

“Eu quero a minha vida, meu dinheiro, não quero amor, eu quero... Respeito!!!”

Desta vez o telefonema não é profissional, a pessoa do outro lado identifica-se como:

“Eu sou o homem de sua vida.”

Ela gargalha, porem... Assume:

“Poxa, eu realmente sinto medo... Sinto medo que seja, seja o tal homem da minha vida.”

Eles conversam por alguns minutos, ela finalmente escuta a voz dele, percebe que ele é realmente um bobo, mas fica desapontada, desapontada por saber que ele não é o tal “homem da vida” dela como ela imaginava, como um dia, alguém jogou água em seu castelo de areia e ela assim pode ver que seu príncipe o príncipe deste castelo era um príncipe de plástico, ele não era real, mas era... Era real porque ele queria ser real, mas ele apenas era real, por ser um homem um alguém que ele queria ser, mas hoje, ela tenta acreditar que o homem que ele hoje é ela escuta a voz, ela sorri, ela não deixa de tratá-lo como estava a tratar afinal ele diz que se apaixonou virtualmente, ela... Ela afirma que se apaixonou por um homem sem rosto, mesmo sem saber o rosto dele, ela afirma que foi algo alem de uma tela gélida, afinal... Ela sentiu e hoje ela tem duvidas, não sabe se o que esta a acontecer é real, se pode vir a desapontar-se novamente, mas... Ela segue, com os passos organizados, um após o outro.