quarta-feira, 20 de maio de 2009

Estes olhos amorosos...


Ela estava à espera dele, ansiosa, euforica e levemente descontrolada. Suas pernas inquietas não paravam um só segundo, seus olhos ficavam a correr em seus telefones aguardando uma mensagem, uma ligação dele. Na hora esperada ele ligou seu coração só faltou saltar pela boca, uma mistura de ânsia de vomito e tremedeira, tudo misturado, vontade sumir e ao mesmo tempo correr em direção a ele, sentimentos inexplicáveis, ao abrir o portão observou o céu estrelado, e uma lua a iluminar a calçada escura de sua casa.
Seus olhos, seus olhos cintilantes observando o carro que desce a rua e para em frente a sua casa. Ali esta ele, como combinado, como esperado!
Ele chegou!
Um abraço apertado e beijos e mais beijos, um olhar com sorriso e mais beijos o momento tão esperado acontece. Ela, sem saber o que dizer apenas fica olhando para ele como se estivesse a olhar uma escultura, algo único e que esta ao seu alcance.
Carícias, palavras, desejos, paixão...
Ela o ama! E para ela... Ele entrega uma estrela.
Ele a esquece, mas a estrela e os olhos dela permanecem cintilantes a espera dele.
Ela o espera, pois para ela tudo que nasce com jeito de eterno, nada e ninguém pode dar cabo.
Os sentimentos dela não é em vão, ela acredita que as palavras dele também não foram palavras vazias.
Ela segue, mas também espera!
Simplicidade, complexidade e uma tragédia... Realidade, loucura, normalidade estranha, incrível, intocável, mas apenas um pouco visível...

...Ela escreve em terceira pessoa para esquecer que ela, sou eu!

Ressaca moral... Simples assim!


Tarde com a família noite com os amigos, tudo podia ter acabado de forma perfeita assim como foi o dia todo, cover do Pearl Jam e muitas ‘cervejas. Gente bonita, lugar ótimo, perfeito para se esquecer... Cervejas e mais cervejas e o retorno para casa e talvez para realidade.
Um banho, e depois cama?
Era o que devia ter ocorrido, mas não ela ligou o computador!
‘Ninguém on (ele não estava on), mas isso não foi empecilho pra que ela não tivesse um de seus surtos declarando-se. Escreveu algumas palavras e desligou o computador indo dormir em seguida.
O dia seguinte... O despertar e a ‘lembrança de que havia feito algo errado, não acredita que realmente fez ate ligar novamente o computador e ver a mensagem que mais parecia códigos digitados. A face queimando e a vergonha dominando e daí? A merda já foi feita e o que resta é apenas uma dor de cabeça e uma ressaca moral.
O domingo que tinha tudo para ser cintilante, tornou-se um caos em sua mente.

...Ela escreve em terceira pessoa para esquecer que ela, sou eu!