domingo, 28 de agosto de 2011

“O amor é mais forte que a morte”



Ele desaparece da vida dela de formas misteriosas, assim como misteriosas são as formas que ele aparece.
No primeiro encontro, foi algo informal, ele a questionou sobre musica e ela já o achou interessante, uma pessoa interessante não para ter um romance, afinal nas tortas vias ela estava vivendo um e ele também.
Conversas sobre musicas foram fluindo, noites adentro com risadas, manhas e carícias amigáveis, o que já era previsto...
O maldito romance torto termina, mas ele permanece com o dele e em uma dessas noites de conversas, na verdade, foi uma tarde de domingo as carícias não foram tão amigáveis como antes, entregaram-se a uma paixão, ela esquivava, mas ao mesmo tempo entregava-se sabendo os riscos que essa paixão sombria podia ter.
Ele a evitava, mas não resistia às manhas dela, semanas nessa luta confusa de sentimentos, ele termina o relacionamento e ela se entrega de vez, mas o final dessa historia não é feliz.
Não é feliz porque ainda não existe um final, ele desaparece e aparece, diz que a quer, mas que por motivos inexplicáveis ele precisa deixá-la e ficar com outra pessoa; canalha! Ele sabe que ela o ama aproveitando-se disso, pede pra que ela o espere, para ele, ela assume que vai esperar, mas para os outros, veste uma mascara de mulher segura, fingindo não estar à espera do retorno.
Deus como ela ama este homem.
Como em um fado português ela fica aos prantos, desgostosa da vida, não é mais capaz de sorrir, dias, semanas passam o sorriso volta aos seus lábios.
Ela é bonita, ela é cruel e ela sabe como arruinar seu dia, tipo típico de mulher que quando diz que vai aprontar já esta aprontando faz tempo e foi em uma dessas noites que ela estava a aprontar e sorrir que ela o encontrou.
Impulsiva!
Não foi capaz de ficar escondida, quietinha o observando.
Com passos de felina ela foi em direção a ele o fitou com seriedade, deixando seu coração sangrar sem esconder, ela demonstra sua dor, sua magoa.

Ela: eu estava esperando você!
Ele: você parece uma namorada que mora em outra cidade e que de vez em vez eu reencontro e convido para um café.
Ela: Não quero que fique longe de mim.
Ele: Eu estava esperando o momento certo.

Eles ainda seguem nesse romance sem final e sem inicio, ela o espera, sempre o espera como no texto de Caio F.
Ela o espera na praça com vestido longo e óculos grande, quando ele retorna, vem com o sorriso torto e olhar canalha que faz o corpo dela tremular e nessas idas e vindas eles se reencontram, coisas de alma, coisas de pele, coisas sem explicações.
Mas, amor não se explica...