quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eu não mereço ter você...


Apenas percebe que não passa de orgulho ferido o que antes ela dizia ser amor, agora nesse momento ela vê que não passa de orgulho ferido.
Como ela tirou essa conclusão?

Ela odeia mentira.
Ela odeia que tentem fazê-la de idiota.
Ela odeia meninos mimados.


E a parte da que ela ama homens inteligentes, ama mimar, ama... Ama e ama?
Bom, esta parte ela simplesmente esqueceu, após ter percebido depois de longos tempos que vive em meio a mentiras, vive sendo idiota e sendo capricho de um garoto que nem a completa sexualmente, porque rapaz, essa mulher tem a luxuria como parte de sua alma.
Sendo assim, ela analisou, questionou-se e viu a falta de necessidade de continuar em meio a este orgulho.
Após a ultima mentira, após a ultima atitude infantil e patética ela respira fundo e diz:

_Definitivamente, eu sou sexy demais pra sofrer!

Bobinha, bobinha... Eu a fito e aponto o dedo nos olhos dela e digo com tom de voz sereno, cheio de sarcasmo.

_Enganando-se, garota?
_Acha mesmo que isso tudo é orgulho ferido?
_Garota, isso é falta de amor, falta de amor próprio, vai esperar ate quando?

Isso, faça isso, respire, respire muito e sinta-se viva, percebe que consegue viver sem ele? Percebe que precisa de oxigênio pra viver e não de um garoto que sempre lhe deixa em segundo plano?
Lave sua face, garota... Erga a cabeça e siga sua vida!
Difícil?
Sim, eu sei que é, mas convenhamos vestir uma roupa de palhaça e passear pelo shopping é bem mais difícil do que desamar.

"...Você nunca precisou de nenhuma ajuda
Você me vendeu por inteiro para se salvar
E eu não escutarei a sua vergonha
Você fugiu como os outros
Anjos mentem para manter o controle...
Meu amor foi punido tempos atrás
Se você ainda se importa, nunca me deixe saber..."

Snuff - Slipknot



domingo, 28 de agosto de 2011

“O amor é mais forte que a morte”



Ele desaparece da vida dela de formas misteriosas, assim como misteriosas são as formas que ele aparece.
No primeiro encontro, foi algo informal, ele a questionou sobre musica e ela já o achou interessante, uma pessoa interessante não para ter um romance, afinal nas tortas vias ela estava vivendo um e ele também.
Conversas sobre musicas foram fluindo, noites adentro com risadas, manhas e carícias amigáveis, o que já era previsto...
O maldito romance torto termina, mas ele permanece com o dele e em uma dessas noites de conversas, na verdade, foi uma tarde de domingo as carícias não foram tão amigáveis como antes, entregaram-se a uma paixão, ela esquivava, mas ao mesmo tempo entregava-se sabendo os riscos que essa paixão sombria podia ter.
Ele a evitava, mas não resistia às manhas dela, semanas nessa luta confusa de sentimentos, ele termina o relacionamento e ela se entrega de vez, mas o final dessa historia não é feliz.
Não é feliz porque ainda não existe um final, ele desaparece e aparece, diz que a quer, mas que por motivos inexplicáveis ele precisa deixá-la e ficar com outra pessoa; canalha! Ele sabe que ela o ama aproveitando-se disso, pede pra que ela o espere, para ele, ela assume que vai esperar, mas para os outros, veste uma mascara de mulher segura, fingindo não estar à espera do retorno.
Deus como ela ama este homem.
Como em um fado português ela fica aos prantos, desgostosa da vida, não é mais capaz de sorrir, dias, semanas passam o sorriso volta aos seus lábios.
Ela é bonita, ela é cruel e ela sabe como arruinar seu dia, tipo típico de mulher que quando diz que vai aprontar já esta aprontando faz tempo e foi em uma dessas noites que ela estava a aprontar e sorrir que ela o encontrou.
Impulsiva!
Não foi capaz de ficar escondida, quietinha o observando.
Com passos de felina ela foi em direção a ele o fitou com seriedade, deixando seu coração sangrar sem esconder, ela demonstra sua dor, sua magoa.

Ela: eu estava esperando você!
Ele: você parece uma namorada que mora em outra cidade e que de vez em vez eu reencontro e convido para um café.
Ela: Não quero que fique longe de mim.
Ele: Eu estava esperando o momento certo.

Eles ainda seguem nesse romance sem final e sem inicio, ela o espera, sempre o espera como no texto de Caio F.
Ela o espera na praça com vestido longo e óculos grande, quando ele retorna, vem com o sorriso torto e olhar canalha que faz o corpo dela tremular e nessas idas e vindas eles se reencontram, coisas de alma, coisas de pele, coisas sem explicações.
Mas, amor não se explica...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

“Um anjo de asas negras vela meu sono...”


Era uma situação tão desagradável, ela passou a ter certeza de que não deve confiar em ninguém, um amigo de tempos, amigo confidente, aquele que ela sabia tudo da vida dele e ele da vida dela.
Descobriu que ele mentiu, omitiu e a machucou como qualquer homem de balada aqueles que ficamos encantadas e acreditamos que ele vai ligar no dia seguinte, mas no dia seguinte esta com uma gostosona toda perfeita a esfregar na sua cara e o que é pior, ou melhor, a gostosona é a namorada dele.
Difícil dizer que esta pessoa um dia foi o amigo mais delicado e sensível que por vezes ela pensou que ele era gay, mas o irmão dela sempre a avisou que o pior é aquele que se faz de sonso. Tudo bem que ela é a campeã nas caras e bocas de songamonga, gueixadonzela, sabe fazer-se de vitima como ninguém tem uma veia teatral que causa espanto, mas ela tem sentimentos.
Ela chorou um dia de domingo, uma noite de domingo, uma madrugada... Chorou de soluçar, menina boba, iludiu-se na amizade cansada de saber que homens que deve confiar são os que cresceram com ela, mas ela também pensa que aquele que a escutou no momento de fragilidade, no momento que ela resolveu tirar sua armadura e mostrou-se frágil e dolorida também pode ser um homem, uma pessoa capaz de ter um pouco de sua confiança.
Ela confia olhando de canto, com sorrisinho sacana.
Um misto de menina songamongagueixadonzela com mulher balzaquianasegura.
Inexplicavelmente ele fitou os olhos dela e falou verdades, apontou o dedo na cara dela e falou sobre os erros dela, sim esse ele esse novo alguém que ela diz ser capaz de tentar confiar é o rapaz que a viu chorar que viu suas fraquezas, então, ele falou verdade ela assumiu os erros, ele não deu colo, não a abraçou, apenas fez o que muitas pessoas não apenas homens, mas muitos são incapazes de fazer ele a escutou e desde então ele a encanta, passou a ser aquele que é ausente, mas quando aparece é capaz de ganhar aquele sorriso bobo de menina sapeca da balzaquianasegura.
Suspira baixinho olhando pro canto direito esperando uma nova visita, não mais pra desabafar as magoas ficaram no passado e ele sabe detalhadamente sobre essas magoas e não foi capaz de aproveitar-se do momento de fragilidade.
Ele diz que ela não é mulher pra se brincar que é intensa demais.
Novamente suspira baixinho, tentando um sorriso... Sua mente louca gira, com pensamentos loucos cheios de duvidas.
“Isso foi um fora ou um elogio?”
Um leve arquear de sobrancelha com um mordiscar no lábio inferior ela permanece na duvida, sem o questionar, ele volta a bombardeá-la dizendo que com ela ele é diferente com as outras ele é atirado, ela fica muda sem desviar os olhos dos dele, mais uma vez tenta um sorriso e seu estomago gira com sua mente cheia de duvidas. Ela respira fundo em meio ao seu pensar.
“Eu não posso vomitar.”
Antes que ela tenha mais um de seus repentes de tirar a mascara e a armadura para que ele a veja exatamente como ela é!
Ele despede-se e parti pra mais um período de ausência.
O vento leva o vento também é capaz de trazer coisas boas, sejamos sensatos o vento é capaz de trazer coisas boas e levar as ruins, ela sente a brisa gélida deixar de ser uma simples brisa e tornar-se uma ventania, ventos ruidosos ela ainda não sabe o que tem a receber desta ventania, também não sabe o que a ventania esta a levar.
Provavelmente esta ventania leve os devaneios duvidosos embora, fazendo com que eles sejam tão ausentes quanto à presença do rapaz, mas pode ser que a ventania lhe de vários presentes novas inspirações.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ela guarda o patuá, mas esquece de usar.



Suas aflições e duvidas não estão limitadas a um divã e uma conversa sem sentido em um consultório, nem mesmo as conversas de bar estão a ajudando a resolver seus problemas, seus dramas, suas duvidas.
Infeliz ou semi feliz, ela ainda não sabe como se sente, afinal esta cheia de duvidas, duvidas do que sente, duvidas se deve seguir, um novo amor.
Ora ora, novo amor ela é adulta demais pra isso, o amor é antigo, paixão não resolvida o doce que la pegou apenas o recheio e não foi capaz de saboreá-lo por completo.
Uma amiga disse a ela:
-Menina, vai ‘na macumba!
E não é que ela foi macumbeira desde criança, renegou por algum período suas crenças e seus dons, mas não foi capaz de renegar o tal antigo amor.
Numa gira de preto velho ela ajoelhou, pediu com fervor com toda a sua fé, auxilio a sua aflição.
Coitada, de tão louca de paixão, esqueceu-se que ali não é lugar de ter respostas com opiniões referentes à sua vida, esqueceu-se que ali vai receber apontamentos.
Com as palavras da nega ela foi pra casa, refletiu cada uma delas, adormeceu, um sono inquieto, acordou por varias vezes com a cabeça a girar viu a aurora chegar.
Deu as boas vindas ao novo dia, misteriosamente segura, vestiu-se e foi labutar.
Se sua escolha foi à correta, ninguém pode dizer, mas uma coisa é fato, ajuda ela encontrou e seu desejo realizou.
Os amigos continuam os mesmos, os bares e as bebidas também, mas o amor, rapaz o amor já notou o brilho nos olhos dela?
Menina menina, eu avisei a você que o tempo e o silencio são sábios.
Uma pena ela não ter seguido seus instintos primitivos mais cedo, mas tudo tem seu tempo e este é o tempo dela.

Fugitiva do eterno retorno


Ela renega o que sente, pra ela não passa de um sentimento que ficou no passado.
Apenas seu lado maternal aflorado o desejo de cuidar de quem precisa de cuidados.
Mas e o tal desejo?
Isso não tem nada de maternal, mais uma vez ela o vê e não resiste ela vai ate ele, assumindo seu jeito presunçoso o rodeia de longe o observa e tremula, com coração a saltitar na boca.
Ele mostra-se, mudado, adulto, homem coisas que ele não era no passado, ela duvida claro que ela duvida é mulher machucada, cheia de cicatrizes, muitas delas foi ele quem colocou. Mas e ela, ela não errou?
Sem duvidas, essa mulher é aquele tipo de mulher que quando resolve dizer que vai aprontar já esta aprontando faz tempo! E ela apronta, aprontou, ela é semelhante a uma cobra peçonhenta, rastejante e sedutora. Ela usa de sua persuasão e de sua sedução e o atrai, sempre o atrai da mesma forma que ele sempre a seduz, menino insolente, um desgraçado, um demônio com corpo de gente, mas demônios não têm um “avatar” humano?
Uma ótima noite de sono, sim, ela dormiu, por mais saltitante que seu coração ficou, por mais que seu cérebro louco tenha ficado na pura desordem ela adormeceu um sono calmo, sem sonhos, ela pelo menos não é capaz de lembrar no sonho que teve.
Desperta e fita sua imagem no espelho, vendo que três anos ficaram no passado, mas o passado a rodeia a seduz e que paixões, são passageiras.
Passageiras?
Os demônios sempre retornam, sabem que são capazes de fazer mais de uma vez uma mesma vitima.
Mas mesmo sendo capaz de assumir seu cérebro louco e desordenado é capaz de assumir que não foi o demônio que entrou sem pedir licença, mas sim a ninfa indefesa que foi pelo caminho que ele estava.
Um novo personagem em suas historias secretas, um personagem que já existiu, mas por essa historia não ter um final feliz presumi-se que ainda não acabou para ela as historias so terminam de fato, quando o final é feliz e tempo é o que ela mais tem pra construir novos finais e novas historias.

Agora ela veste sua fantasia de mulher adulta e segura, caminha em direção ao perigo, sem nada dizer, ela apenas observa o demônio ao seu lado.