terça-feira, 26 de maio de 2009

Nada é em vão?


“...Eu nunca quis ser teu amor de fim de semana
Só queria ser uma espécie de amigo
Baby, eu nunca poderia te roubar de outro
Que vexame nossa amizade ter tido que acabar...”
Prince - Purple Rain

Ela desperta com a certeza de que não vai procurá-lo novamente, que não vai se quer dirigir uma palavra a ele. O dia anterior foi perfeito, ficou praticamente o dia todo na rua, não que essas horas ‘longe dele a fez esquecê-lo, não ela não esqueceu, mas não agiu de forma estúpida como no domingo anterior, ela pensou nele, mas como um alguém que só faz mal a ela, que a faz chorar e que não da importância alguma para o seu sentir. Ela viveu como há muito tempo não fazia desde que o conheceu, saiu, bebeu, dançou, foi cortejada, e agiu como sempre, como a mulher que ela nunca devia ter deixado de ser.
Ao ser cortejada, apenas sorriu e falou ‘deixe de ser bobo cara’, ela é assim, não se entrega a cortejos fingi ter uma pedra em seu coração e ate mesmo em seus pensamentos, esta é a forma que ela encontrou para se proteger e que durante 28 anos deu muito certo. Uma pena ela ter ‘fraquejado e ter ‘escutado cortejos de um homem ‘culto, que sabia as palavras certas a dizer em tal momento e que principalmente sabe jogar o jogo dela.
Ela não jogou, foi sincera e entregue. Talvez isso tenha feito a ela ficar um tanto vulnerável e agora age de forma tola perdendo o controle. Ela não conseguiu controlar, ela o chamou! Sim, ela o procurou, mas desta vez não teve o silencio como resposta, ele respondeu com suas palavras ligeiramente confusas, palavras que não a solta e também não a prende. Ela pensa:
“Meus olhos voltam a ficar ‘úmidos novamente, meu coração volta a se apertar novamente e minhas duvidas permanecem com a certeza de que o melhor para mim é seguir com os olhos abertos, sem mais esperar.”
Ela se cala, pois hoje entende que as palavras que dizia há meses atrás (o silencio é valioso.) É algo que ela deve levar a serio, deve lembrar todos os dias que promessas são feitas para serem quebradas e que emoções são intensas palavras são insignificantes, os prazeres ficam e a dor também... Ela apenas lamenta tudo ter tornado-se ruínas e que suas palavras foram esquecidas, assim como as palavras que ele usou para jogar, mas as palavras dele ainda martelam em sua mente... Ela adormece e um dia acordara e vai rir ao lembrar no que um dia acreditou, exatamente como faz hoje ao olhar para um homem fantasiado de Papai Noel.

...Ela escreve em terceira pessoa para esquecer que ela, sou eu!